O macaco alerta: Feliz Ano Novo?
Na penumbra da noite, um macaco sério, olhos penetrantes e semblante austero, ergueu-se diante de uma assembleia improvável. Sua expressão denotava a seriedade da missão imposta pelos rumos desgovernados da humanidade. Acompanhado pelo sussurro das folhas e pelo suspiro dos ventos, ele proferiu palavras que ecoaram como um alerta urgente.
"Humanidade", bradou ele com voz firme, "olhai para vossos atos, pois estais em débito com o próprio futuro que forjais. Emergência climática, ódio entre irmãos, guerras alimentadas pela intolerância e ganância desmedida do sistema capitalista liberal que alimentais como se fosse a fonte da vida."
Seu olhar percorreu os presentes, cada ser humano, cada mente a se entreter com futilidades enquanto o mundo definhava em suas mãos. "Mergulhais na lama das mentiras espalhadas por vossas mídias sociais, como se fosseis cegos a tropeçar na senda da verdade. Fake news são o veneno que entorpece vossos discernimentos, elevando o monstro da extrema direita a minar as fundações das democracias que tanto lutastes para erguer e causando alienações."
Numa pausa solene, o macaco cobrador prosseguiu, seu discurso tão áspero quanto necessário: "A Inteligência Artificial avança, eis a vossa criação, vossa ferramenta poderosa. Mas cuidado! Com ela, trazeis não só benefícios, mas armas capazes de dilacerar o tecido social. É preciso cautela, é preciso discernimento para não sucumbirdes à vossa própria invenção."
Sua voz ecoou no silêncio da noite, como um chamado à consciência. "É chegado o momento de despertardes da letargia da ignorância, de erguerdes os olhos para além de vossos umbigos. A responsabilidade pesa sobre cada um de vós. Não ignorai o eco dos tempos, não silenciai o apelo da natureza que clama por justiça."
O macaco sério, cobrador inclemente das ações humanas, deixou sua mensagem ecoar na noite, como um alerta que pairava sobre a virada do ano. Um chamado que ressoava através dos tempos, um grito da natureza à espera da resposta da humanidade, na esperança de um futuro que dependia, mais do que nunca, das escolhas conscientes e responsáveis de cada ser que habitava este mundo em comum.
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