Carmen Miranda: “Brazilian bombshell”

Carmen Miranda é um dos ícones mais reconhecidos da cultura brasileira e internacional. Em sua biografia Carmen: A vida de Carmen Miranda, a brasileira mais famosa do século XX.", Ruy Castro apresenta um retrato fascinante e detalhado de sua vida, desde sua infância humilde em Portugal até seu status como estrela internacional em Hollywood. Este texto aborda as diferentes fases de sua vida, analisando também os desafios e as controvérsias que marcaram sua carreira.  

 Infância e Juventude  

Carmen Miranda nasceu Maria do Carmo Miranda da Cunha em 9 de fevereiro de 1909, em Marco de Canaveses, Portugal. Quando ainda era bebê, seus pais, José Maria Pinto da Cunha e Maria Emília Miranda, decidiram emigrar para o Brasil em busca de melhores condições de vida. A família se estabeleceu no Rio de Janeiro, onde Carmen cresceu em um lar modesto, mas musicalmente rico. Seu pai, barbeiro de profissão, era rigoroso e disciplinador, enquanto sua mãe incentivava os filhos a sonhar mais alto.  

Carmen demonstrou interesse pela música desde muito cedo, muitas vezes participando de eventos comunitários e pequenos festivais. A relação com sua irmã mais velha, Olinda, foi essencial durante sua juventude. Olinda trabalhava para sustentar a família e, mais tarde, apoiou Carmen em sua decisão de seguir uma carreira artística, um sonho que parecia distante para uma jovem de origem humilde no Brasil do início do século XX.  

Ascensão no Rádio e as Primeiras Gravações  

O talento de Carmen começou a se destacar quando ela começou a trabalhar como balconista em uma loja de chapéus no Rio de Janeiro. Nesse período, ela costumava cantar para os clientes, o que chamou a atenção de músicos e empresários locais. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros, que se tornou seu mentor e a ajudou a ingressar no cenário musical brasileiro.  

Seu primeiro grande sucesso veio em 1930, com a gravação de “Taí (Pra Você Gostar de Mim)”, de Joubert de Carvalho, que rapidamente se tornou um marco na música popular brasileira. A canção catapultou Carmen ao estrelato e consolidou sua imagem como uma das vozes mais importantes do samba, gênero que estava ganhando força nas rádios e festas populares.  

Durante os anos 1930, Carmen Miranda se tornou uma presença constante no rádio, a principal plataforma de divulgação musical da época. Ela também firmou contratos com gravadoras como a RCA Victor, onde lançou vários sucessos que ajudaram a popularizar o samba e o chorinho. Entre suas canções mais marcantes desse período estão “O Que É Que a Baiana Tem?”, que reforçou sua ligação com as raízes culturais brasileiras.  

Relacionamento com a Irmã Aurora Miranda  

Carmen e Aurora Miranda, sua irmã mais nova, compartilharam uma relação de apoio mútuo e carinho. Aurora também teve uma carreira musical de sucesso no Brasil, mas sempre permaneceu à sombra da fama de Carmen. Juntas, elas realizaram apresentações icônicas, e Aurora foi uma das poucas pessoas que Carmen confiava plenamente ao longo de sua vida tumultuada.  

A Chegada aos Estados Unidos e o Grupo Bando da Lua  

A trajetória internacional de Carmen começou em 1939, quando ela foi descoberta pelo empresário Lee Shubert durante uma apresentação no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro. Impressionado por sua presença de palco e carisma, Shubert a convidou para se apresentar nos Estados Unidos.  

Em 1939, Carmen embarcou para Nova York acompanhada pelo grupo Bando da Lua, uma banda de músicos brasileiros que a acompanhava desde o início de sua carreira. A combinação do talento de Carmen e o ritmo contagiante do grupo conquistou o público americano. Sua estreia na Broadway, com o musical "The Streets of Paris", foi um grande sucesso e abriu portas para sua entrada no cinema de Hollywood.  

Os Filmes e Shows em Hollywood  

A década de 1940 marcou o auge da carreira de Carmen Miranda nos Estados Unidos. Ela estrelou filmes como “Down Argentine Way” (Serenata Tropical), “That Night in Rio” (Uma Noite no Rio) e “The Gang’s All Here” (Entre a Loura e a Morena). Nessas produções, Carmen desempenhava papéis estereotipados de uma mulher latina exótica e alegre, muitas vezes adornada com trajes extravagantes, incluindo seus famosos chapéus de frutas.  

Embora seu sucesso fosse inegável, Carmen enfrentou críticas por perpetuar estereótipos sobre a cultura brasileira. Muitos intelectuais e artistas no Brasil consideravam sua imagem uma caricatura que não representava a verdadeira diversidade cultural do país. Apesar disso, sua popularidade nos Estados Unidos era enorme, e ela se tornou a artista mais bem paga de Hollywood em 1945.  

Relações Brasil-Estados Unidos e Estereótipos

Durante a Segunda Guerra Mundial, Carmen Miranda desempenhou um papel diplomático informal, promovendo a imagem do Brasil nos Estados Unidos como parte da política de boa vizinhança. No entanto, sua representação de uma mulher tropical e exótica foi criticada no Brasil por reforçar estereótipos simplistas e caricaturais sobre o país.

Retorno ao Brasil e Declínio da Saúde

Após anos nos Estados Unidos, Carmen retornou ao Brasil em 3 de dezembro de 1954, para tentar recuperar sua saúde e se reconectar com suas raízes. Apesar da recepção calorosa do público, ela enfrentou críticas de parte da elite cultural, que a acusava de ter se vendido à indústria de Hollywood.

Vida Pessoal e Desafios  

A vida pessoal de Carmen foi marcada por altos e baixos. Ela se casou em 1947 com David Sebastian, um produtor americano, mas o casamento foi conturbado. Sebastian era controlador e, muitas vezes, manipulador, o que agravou os problemas emocionais de Carmen.  

A intensa pressão da fama e a necessidade de manter sua imagem pública afetaram gravemente sua saúde. Carmen começou a usar medicamentos para lidar com o estresse e a exaustão, o que, combinado com seu consumo de álcool, contribuiu para o declínio de sua saúde física e mental.  

Representação da Mulher Brasileira e Cultura Popular  

Carmen Miranda desempenhou um papel crucial na exportação da cultura brasileira, mas sua imagem foi construída em grande parte por demandas comerciais de Hollywood. Ela se tornou um símbolo de exotismo, associada ao que os estrangeiros imaginavam ser o Brasil.  

Embora tenha popularizado o samba e outros elementos culturais brasileiros, essa representação foi criticada por ser superficial e estereotipada. Carmen muitas vezes se sentia dividida entre o desejo de agradar ao público internacional e a necessidade de manter sua autenticidade como artista brasileira.  

Legado e Impacto Cultural  

Em 4 de agosto de 1955, Carmen Miranda fez sua última apresentação, uma gravação do The Jimmy Durante Show, seguida de uma festa em sua casa. Há muito ela sofria com dependência em álcool e medicamentos, além de instabilidade no casamento. Carmen Miranda faleceu no dia 5 de agosto de 1955, aos 46 anos, vítima de um ataque cardíaco em sua casa, Beverly Hills, Califórnia. Carmen havia sentido mal estar durante uma apresentação. Sua morte prematura chocou o mundo e deixou um legado duradouro na música e na cultura popular.  

Apesar das controvérsias, Carmen é lembrada como uma das artistas mais icônicas da história. Sua contribuição para a música brasileira, especialmente no gênero samba, é inestimável. Além disso, sua figura se tornou um símbolo da Era de Ouro do cinema de Hollywood e da diplomacia cultural entre o Brasil e os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.  

Hoje, Carmen Miranda é reverenciada como uma pioneira que abriu caminho para artistas latinos no mercado internacional. Sua vida e carreira continuam sendo fonte de inspiração e reflexão sobre os desafios e conquistas das mulheres na indústria do entretenimento. De acordo com seu biógrafo, o brilhante jornalista Ruy Castro, deu-se da seguinte maneira o sepultamento da Pequena Notável:

Durante anos Carmen acalentara o sonho de voltar ao Rio no Carnaval — “de camisa de malandro e tocando cuíca” — e passar os quatro dias nas ruas, incógnita, cantando e brincando entre os populares. Nunca pudera realizá-lo. Quando não era uma Guerra Mundial que a impedia, era um filme com Don Ameche na Fox ou uma temporada no Roxy em Nova York, ou duas semanas num cassino assim e outras num nightclub assado. No Carnaval daquele ano, 1955, ela estivera no Rio, mas não valera: viera em tratamento de saúde e seu médico preferira exilá-la em Petrópolis durante a folia.

Agora, seis meses depois, Carmen descia de novo no Galeão — a bordo de um DC-4 da Real Aerovias, dentro de um caixão revestido de alumínio por fora e de bronze por dentro, envolto pela bandeira brasileira. O caixão foi levado para um carro do Corpo de Bombeiros, que tinha as partes metálicas cobertas de preto. Passara-se uma semana desde a morte de Carmen em Beverly Hills na madrugada de 5 de agosto, e ela estava de volta para que se cumprisse outro desejo seu: o de ser enterrada no Brasil.

Os últimos dias em North Bedford Drive tinham sido terríveis. Perto das onze horas da manhã seguinte ao programa com Jimmy Durante, Sebastian fora ver Carmen em seu quarto e a encontrara caída no chão do hall, com o espelho na mão. Achou que ela tivesse adormecido ali e agachou-se para acordá-la.

Carmen estava fria e arroxeada.

— Carmen, acorde”, disse Sebastian. “Acorde, Carmen.

ACORDE!”

Os gritos de Sebastian foram ficando mais dramáticos à medida que ele se dava conta da situação. Dona Maria os ouvira e fora ver o que era. Seus gritos se juntaram aos dele e assustaram Esteia. Quando a empregada acudiu e se aproximou da escada, cruzou com Sebastian, que corria em direção à rua, seguido por uma desesperada dona Maria, que o acusava:

— Você matou minha filha! Você matou minha filha!

Era apenas uma imagem, uma metáfora do desespero. Não queria dizer que fosse verdade. Sebastian era um cretino e o casamento não fizera nenhum bem a Carmen, mas muitos fatores haviam contribuído para aquele desfecho. O principal era a dependência de um poderoso e mortal aditivo, quase sempre potencializado pelo álcool. A mesma tragédia que atingira vários outros grandes nomes de Hollywood como Mabel Normand, John Gilbert, Lupe Velez, Robert Walker, Maria Montez, e, depois de Carmen, mataria também Diana Barrymore, Marilyn Monroe e Judy Garland — todos ricos, bonitos, famosos e com menos de cinqüenta anos.

Doutor Marxer foi chamado a North Bedford Drive, mas não podia fazer nada — Carmen estava morta havia oito horas. E o que podia ser feito, não se fez — a autópsia. Nenhum motivo suspeito: apenas Sebastian, obedecendo automaticamente a suas tradições judaicas, não a autorizou.

O próprio doutor Marxer telefonou para o Rio. Devido à diferença de fuso horário, já eram mais de quatro da tarde quando a notícia chegou a Aurora, na Urca. Pouco depois, pelo Repórter Esso, com Heron Domingues, em edição extraordinária, a Rádio Nacional a transmitiu para todo o país. Informou-se também que Carmen seria enterrada no cemitério de São João Batista, no Rio. Foi uma espécie de senha para um Carnaval em agosto. Imediatamente, todas as rádios brasileiras tiraram de suas discotecas os 78s empoeirados de Carmen, que nunca mais tinham se lembrado de tocar. De “Taí” a “Disseram que voltei americanizada”, seus sambas e marchinhas ocuparam a programação pelos dias seguintes.

Do Galeão, o carro dos bombeiros deu a saída para o cortejo de horas pela avenida Brasil, entre milhares de lenços brancos acenando à sua passagem. A primeira escala foi defronte ao edifício de A Noite, sede da Rádio Nacional, na praça Mauá.

Em nome de tantos artistas que agora trabalhavam nela, Almirante tentou falar, mas sua voz, tão possante, não foi muito longe — mal conseguiu completar uma frase. Dali Carmen partiu para sua verdadeira rádio, a Mayrink Veiga, em cuja sacada César Ladeira a esperava. César também falou emocionado. O carro retomou o percurso e desceu a avenida Rio Branco para chegar à Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, onde outras dezenas de milhares de pessoas o esperavam. Apesar de tanta gente nas ruas, doze missas por Carmen seriam rezadas naquele dia.

No saguão da Câmara, o caixão foi aberto e filas se formaram para vê-la, dando voltas à praça Floriano. O vereador Jonjoca, ex-camarada de Carmen, cuidou para que a vigília fosse feita em paz. Alguns se chocaram com o fato de Carmen estar vestida de vermelho, penteada e maquiada; outros se encantaram com isso — em Hollywood, até a morte era em Technicolor! Por toda a noite de 12 para 13 de agosto, o Rio desfilou em silêncio diante de Carmen. E gente de outras cidades, usando todos os transportes disponíveis, veio se despedir dela. Nem o frio da madrugada afugentou seus adoradores.

No começo da tarde do dia seguinte, o caixão foi fechado e, à sua saída pela porta da Câmara, os membros da Velha Guarda — Pixinguinha, Donga, João da Baiana e seus companheiros —, postados nas escadarias, tentaram tocar “Taí” para saudá-la pela última vez. Em 1930, quando eles a acompanhavam, regulavam o andamento da marchinha de Joubert de Carvalho pelo requebrado das cadeiras de Carmen. Agora só podiam contar com eles mesmos. Mas não conseguiram. As gargantas se fechavam, o saxofone e a flauta não produziam som, a emoção era muita.

Foram salvos pelo carrilhão da Mesbla, a cem metros dali, na rua do Passeio — os sinos atacaram a marchinha e foram encorpados por um coro baixinho de mais de 50 mil vozes.

O caixão foi levado de volta ao topo do carro dos bombeiros e o cortejo rumou lentamente para Botafogo. Como nos antigos corsos, as pessoas e os automóveis se misturavam.

Synval Silva pretendia acompanhá-lo de carro. Mas, ao passar pela praça Paris, ouviu quando o carrilhão mudou para “Adeus, batucada”. Era o samba que, um dia, ele levara a Carmen na casa do Curvelo. Synval começou a chorar e sentiu que não conseguiria prosseguir. Assim que pôde, embicou pela praia do Russell e tomou o rumo da Glória, para fugir à romaria. Aurora também tomaria o rumo de casa, levando dona Maria. O enterro propriamente dito seria demais para sua mãe. E quem poderia adivinhar que dona Maria sobreviveria a Carmen por dezesseis anos?

Num dos carros do cortejo, estava o marido, Dave Sebastian. Finalmente ele viera ao Brasil com Carmen. Para Sebastian, valera a pena suportar todas as humilhações. Carmen se recusara a deixar testamento e, com a morte dela, ele ficaria com as casas de Beverly Hills e Palm Springs, os poços devpetróleo (tudo isso adquirido por Carmen antes do casamento — fora, portanto, da comunhão de bens), as ações, os depósitos bancários e o dinheiro vivo. À família e “ao Brasil”, Sebastian doou os vestidos, fantasias, turbantes, plataformas, balangandãs, adereços de palco, fotos, partituras, objetos pessoais e farta bijuteria de Carmen — tomando o cuidado de conservar as jóias verdadeiras, que estavam a salvo nos bancos. Enfim, conservou os bvalores e livrou-se do bricabraque. A família de Carmen nunca contestou tal divisão e ainda se deu por feliz por Sebastian não ter cumprido a ameaça de tentar apossar-se das propriedades no Rio: a casa na Urca, o terreno em Jacarepaguá e as salas na avenida Presidente Vargas (o prédio de apartamentos no Catete já não existia mais).

Mas o que para Sebastian era bricabraque, para os adoradores de Carmen era um tesouro. Tão generosa quanto Carmen, a família levaria as décadas seguintes presenteando os fãs da estrela com seus objetos pessoais. Com o que se conservou da artista foi feito o Museu Carmen Miranda, no Rio.

O carrilhão tocava agora “Boneca de piche”, mas o cortejo já atingira o Russell. Ao passar pelo Hotel Glória, o motorista do carro dos bombeiros pisou mais fundo. O povo correu para alcançá-lo e muitos se empoleiraram nos estribos pedindo que não corresse. Os bombeiros reduziram a velocidade e uma parte do cortejo postou-se à frente do carro, para que ele não voltasse a acelerar. Um caminhão de som começou a tocar os discos de Carmen — “Camisa listada”, “Cai, cai”, “Querido Adão”, “Primavera no Rio”, “Na Baixa do Sapateiro”, “Moleque indigesto”, “Uva de caminhão”, “Tic-Tac do meu coração”, “Minha embaixada chegou”. “Na batucada da vida”, “Good-bye”, “... E o mundo não se acabou”, “Recenseamento”, “Mamãe, eu quero”.

Cantou-se por todo o percurso: Praia do Flamengo, avenida Oswaldo Cruz, Praia de Botafogo — das janelas dos prédios altos caíam pétalas de rosa —,” Mourisco, rua da Passagem. Finalmente, na rua General Polidora, viu-se ao longe o São João Batista. Entre a massa que já aguardava no cemitério, uma senhora grávida sentiu-se mal e foi levada para uma ambulância — ali mesmo deu à luz uma menina que tinha de se chamar, e se chamou, Carmen.

Como afluentes humanos que desaguavam pelas transversais de Botafogo, gente de todas as idades, cores e categorias sociais continuava engrossando o cortejo — ao todo, seriam centenas de milhares —, cantando os sambas e marchinhas. Nos braços do povo, Carmen Miranda vivia o seu maior Carnaval.

Considerações Finais  

A trajetória de Carmen Miranda, como apresentada por Ruy Castro, revela uma vida de contrastes. De suas origens humildes no Rio de Janeiro ao estrelato internacional, Carmen personificou o espírito de uma época. No entanto, sua história também destaca as complexidades de ser uma mulher latina navegando as demandas da indústria cultural global.  

Seu legado é uma mistura de celebração e crítica, mas é inegável que Carmen Miranda permanece uma figura central na história cultural do Brasil e do mundo.

 Algumas Músicas cantadas por Carmen Miranda  

A trajetória de Carmen Miranda foi marcada por músicas que se tornaram clássicos da música popular brasileira e internacional. Entre seus sucessos mais notáveis estão:  

1. "Pra Você Gostar de Mim (Taí)" – Joubert de Carvalho: O grande hit que lançou Carmen ao estrelato nacional.  

2. "Balancê" – Braguinha/Alberto Ribeiro: Uma das canções mais marcantes de sua carreira inicial.  

3. "O Que É Que a Baiana Tem" – Dorival Caymmi: Hino da cultura baiana que eternizou Carmen no cinema brasileiro.  

4. "Mamãe Eu Quero" – Vicente Paiva/Jararaca: Um sucesso que ganhou repercussão internacional.  

5. "Camisa Listrada"– Assis Valente: Exemplo de sua habilidade em interpretar sambas bem-humorados.  

6. "Tico-Tico no Fubá" – Miguel Lima/Zequinha de Abreu: Uma interpretação vibrante que encantou audiências ao redor do mundo.  

7. "No Tabuleiro da Baiana" – Ary Barroso: Uma celebração das tradições populares brasileiras.  

8. "Adeus Batucada" – Synval Silva: Um samba melancólico que revelou seu lado sentimental.  

9. "O Tic-Tac do Meu Coração"– Alcyr Pires Vermelho/Walfrido Silva: Uma das mais populares nos anos 1930.  

10. "Cachorro Vira-Lata" – Alberto Ribeiro: Retrato humorístico da vida cotidiana.  

11. "Touradas em Madrid" – Braguinha/Alberto Ribeiro: Exemplo da mistura de influências culturais na música de Carmen.  

12. "E o Mundo Não Se Acabou" – Assis Valente: Samba irreverente que permanece atual.  

13. "Como Vaes Você" – Ary Barroso: Outro sucesso que destacou sua versatilidade.  

14. "Quando Eu Penso na Bahia" – Ary Barroso: Uma celebração de suas raízes brasileiras.  

15. "Chica Chica Boom Chic" – Gordon Mack/Warren Harry: Marcante música do filme Uma Noite no Rio, que consolidou sua imagem internacional.  

Principais Filmes de Carmen Miranda  

Carmen brilhou tanto nos palcos quanto nas telas, participando de produções nacionais e internacionais que eternizaram seu talento:  

1. "O Carnaval Cantado de 1932" (1932) – Sua estreia no cinema.  

2. "A Voz do Carnaval" (1933) – Com participações musicais que destacaram sua ascensão.  

3. "Alô, Alô, Brasil" (1935) – Uma obra que consolidou sua presença no cinema nacional.  

4. "Estudantes" (1935) – Mostrou sua versatilidade como atriz e cantora.  

5. "Alô, Alô, Carnaval" (1936) – Outro clássico que celebrou o carnaval.  

6. "Banana da Terra" (1939) – Onde apresentou *"O Que É Que a Baiana Tem"*.  

7. "Laranja da China" (1940) – Parte de sua despedida do cinema brasileiro.  

8. "Serenata Tropical" (1940) – Sua estreia nos Estados Unidos.  

9. "Uma Noite no Rio" (1941) – Filme que imortalizou seu sucesso internacional.  

10. "Aconteceu em Havana" (1941) – Parte de sua consolidação em Hollywood.  

11. "Minha Secretária Brasileira" (1942) – Representando a imagem da mulher latina.  

12. "Entre a Loira e a Morena" (1943) – Um dos mais icônicos filmes de sua carreira.  

13. "Quatro Moças Num Jipe" (1944) – Mostrando sua versatilidade em comédias musicais.  

14. "Serenata Boêmia" (1944) – Mais uma produção com grande apelo musical.  

15. "Alegria, Rapazes!" (1944) – Mostrando sua energia inesgotável.  

16. "Sonhos de Estrela" (1945) – Uma produção que mesclou música e glamour.  

17. "Se Eu Fosse Feliz" (1946) – Outro grande musical.  

18. "Copacabana" (1947) – Estrelando ao lado de Groucho Marx.  

19. "O Príncipe Encantado" (1948) – Mostrando seu lado romântico.  

20. "Romance Carioca" (1950) – Uma produção que celebrou suas raízes.  

21. "Morrendo de Medo" (1953) – Sua última aparição cinematográfica.  

Essas músicas e filmes capturam a essência da artista multifacetada que Carmen Miranda foi, sendo fundamentais para compreender seu impacto cultural e legado. 


Nota: 

Este texto não tem a pretensão de esgotar todas as informações pertinentes  à vida e obra de Carmen Miranda. Para tal, é indispensável ler a sua biografia escrita pelo jornalista, Ruy Castro. Uma extensa pesquisa de rara precisão aos fatos. O livro chama-se: 

"Carmen: A vida de Carmen Miranda, a brasileira mais famosa do século XX."

Como parte para compreender a artista, indico o documentário “Carmen Miranda: Bananas is my business” (1995), de Helena Solberg.

Também é possível visitar o museu em sua homenagem na cidade do Rio de Janeiro. O Museu Carmen Miranda é  administrado pela Funarj. O espaço foi criado e 1956, mas a inauguração aconteceu em agosto de 1976. São mais de 3 mil itens, como fotografias, trajes, bijuterias e turbantes. Funciona de quarta a sexta-feira, das 11h às 17h, e aos sábado, domingos e feriados, de 12h às 17h. 

Endereço: Parque do Flamengo, em frente ao n.º 560 da Avenida Rui Barbosa, Rio de Janeiro-RJ

O legado de Carmen Miranda para o Brasil em termos culturais e civilizacionais é sem dúvidas, imensurável. Ela literalmente abriu os caminhos para todos os outros artistas brasileiros que vieram depois, pudessem ter reconhecimento internacional.

Veja mais em:

https://youtu.be/JK0qQCLOqYg?si=DMaf7EpGGCQ4Uo9M

https://youtu.be/qxczfAQg3JA?si=KTiTKDPzlP48qYe4

https://youtu.be/-4NdkJkWaF8?si=3ecjAZmi4FNfxjsa

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